Reflexões em uma noite de sexta

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O título surge facilmente. É esse porque é para ser. O problema é pensar em um texto relevante. A filosofia move o mundo desde os tempos mais remotos. Pensar no problema sem necessariamente encontrar uma única solução. O refletir nos faz humanos. O grande castigo da humanidade. O raciocínio pode nos tornar loucos. Talvez por isso, muitos escolham não raciocinar.

Penso na primeira pessoa que um dia se questionou sobre o que ela estava fazendo na terra. A primeira que um dia disse a frase "qual é o sentido disso tudo?". O primeiro a não conseguir responder isso. A cadência desse texto não faz sentido. Não tenho muita coisa para dizer. Dramatizar pensamentos é a minha muleta para causar mais impacto.

Reflito também sobre a loucura. Vejo pessoas sendo tratadas como insanas por responderem a questão anterior com "não existe nenhum sentido na vida". Bom... Talvez não seja tanta loucura assim. O ator Jim Carrey tem demonstrado esse tipo de comportamento e, no primeiro instante de contato com isso, me assustei. Vê-lo daquele jeito me deixou desesperado. Ele é uma das minhas maiores inspirações como artista, um cara engraçadíssimo e que parecia sempre estar feliz.

Quando vi o documentário "Jim and Andy", que fala sobre os bastidores do filme Man on the Moon (traduzido para O Mundo de Andy), fiquei pasmo. É um filme sobre a carreira de um artista (Andy Kaufman) que certamente não foi compreendido enquanto vivo por conta do seu humor que eu poderia chamar de incomum, para ser razoável. De um lado tinha o incrível trabalho na construção do personagem por Jim, mas também parecia ter muita loucura nas declarações atuais do ator entre as filmagens antigas.

Esse não era para ser um texto sobre Jim Carrey e vocês podem ver esse documentário na Netflix, além da entrevista dele para Jerry Seinfeld em "Comedians in Cars Getting Coffee" e também essa entrevista, para a qual não encontrei tradução oficial para o português (quem sabe eu traduza em uma futura postagem).

Como disse anteriormente, esse não é um texto sobre Jim Carrey, mas a minha primeira visão sobre o comportamento dele. Balançamos a cabeça e afastamos o pensamento de que as coisas não fazem sentido logo quando aparecem. Acreditar em destino pode ser um mecanismo de desculpa para nossos atos. Isso é confortável. Eu disse que "pode ser" porque não acho justo descartarmos qualquer possibilidade de verdade, por mais improvável que pareça ser.

Olhem para mim. Tenho todas as dúvidas do mundo em minha cabeça, mas acredito em Deus. Acredito que ele está em nós e que cada tem uma idealização diferente dele. Por isso toda essa discussão e brigas entre religiões que já derramaram muito sangue. O ser humano odeia ser contrariado. São muitas as possibilidades para cada coisa que possamos pensar e, ainda assim, insistimos em defender ideias como se fossem a verdade absoluta.

Esse texto não tem uma lição de moral ou pretensão de ser matéria de reflexão. Não quero aplausos para o que acabei de escrever. Quero que questionem e discordem. Peço também que nunca minimizem a ideia de ninguém, apesar de já ter feito isso inúmeras vezes, por mais absurda que ela pareça ser. Vamos valorizar essa vantagem que temos de refletir sobre coisas e viver melhor em grupo. Como quase toda descoberta boa da humanidade, o raciocínio foi deturpado e utilizado como arma. Abaixemos nossas armas e tratemo-nos bem!